Dia das crianças: animal não é brinquedo!
Por Vininha F. Carvalho
No dia 12 de outubro é comemorado o Dia das Crianças, uma data em que
muitos pais pretendem presentear seus filhos com um animal de
estimação, mas é preciso tomar alguns cuidados, para que esta escolha
não se transforme num problema para a família e, principalmente, para
o animal.
No processo de educação, os pais devem ter a preocupação de ensinar a
criança a ver o animal como um amigo, que precisa ser protegido dentro
e fora de casa, e não como brinquedo. O contato com os animais
proporciona uma aproximação da criança com o mundo natural,
desenvolvendo o sentimento de respeito a todas as formas de vida.
Até os quatro anos a criança vê o animal como um objeto, por isso é
preciso que os pais mostrem a ela que os animais respiram, tem fome,
sede, sentem dor, amam e jamais poderão ser abandonados. A partir dos
dez anos é possível confiar os cuidados necessários à saúde do animal,
sem que haja perigo de maus tratos, desde que sejam orientados
corretamente.
“Crueldade infantil com os animais entre criminosos e não-criminosos”
é o título de uma importante pesquisa realizada nos EUA, que visou
estabelecer a relação entre a crueldade para com os animais durante a
infância e o comportamento agressivo para com as pessoas, numa fase
posterior da vida.
A análise aprofundada, permitindo traçar um perfil, foi possível
através de entrevistas individuais com três grupos de homens:
criminosos agressivos, criminosos não agressivos e não-criminosos.
Os elementos criminosos foram ouvidos nas prisões federais dos EUA já
os não-criminosos foram escolhidos ao acaso entre os habitantes de
Kansas. Cada entrevistado foi submetido a mais de 400 perguntas que
incluíam aspectos como as relações familiares na infância e as
atitudes com os animais.
Verificou-se que 25% dos criminosos agressivos informaram de cinco ou
mais casos de crueldade contra animais em comparação a menos de 6% dos
criminosos não agressivos e nenhum dentre os não-criminosos.
Os pais e educadores devem estimular as crianças a valorizarem as boas
ações em prol dos animais. É preciso despertar o interesse do
engajamento das escolas na luta em defesa dos direitos dos animais e
preservação da natureza.
A criança passará, assim, a trazer consigo um compromisso ético para
com o meio em que vive, combatendo as atitudes do comportamento
violento na sociedade, criando um mundo melhor onde viverão seus
filhos e netos.
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