Piracicaba: Lei restringe animais em rodeios
28 de Dezembro de 2011 02:21
em 27/12/2011
Não cumprimento da lei acarretará em multa de R$ 10 mil, que pode ter valor dobrado
O poder Executivo local proibiu, na última semana, perseguições seguidas de laçadas e derrubadas de animais em rodeios, conforme a lei n° 7.210 sancionada pelo prefeito Barjas Negri (PSDB). O não cumprimento da norma acarretará multa de R$ 10 mil e o infrator será intimado a cessar de imediato a prática. Em caso de reincidência, a multa terá valor dobrado. O autor do projeto de lei foi o vereador Laércio Trevisan (PR).
Segundo Trevisan, a iniciativa é uma forma de Piracicaba evitar uma ocorrência similar a que aconteceu em agosto, durante a 56° edição da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, quando um bezerro ficou tetraplégico e precisou ser sacrificado após ter sido submetido à prova de bulldog (imobilização de bezerros).
"Casos assim não são incomuns, uma vez que as provas de perseguição, seguida de laçada e derrubada não só submetem os animais ao sofrimento físico e psíquico, mas a riscos de lesões orgânicas, rupturas musculares e paralisia gerada por danos irreversíveis à coluna vertebral", diz o vereador.
Nas ruas, a medida pode ser taxada de popular e, por isso, atendeu a um anseio de parte da população, de acordo com os relatos ouvidos pela reportagem de A Tribuna. E engana-se quem pensa que só ambientalistas é que estão do lado da proibição.
“Acho um exagero esse tipo de provas, que acabam trazendo riscos aos animais. Espero que o próximo passo também seja a proibição dos rodeios. Se Piracicaba quer ser modelo, que comece pela relação com os animais”, argumenta a professora de artes Eulídia de Campos.
O representante comercial Fagner Herrera vai além. “Não dá para acreditar que o ser humano, em pleno século 21, ainda acompanhe e goste desses tipos de provas. Já passou da hora de acabar com elas”, afirma, mesmo conhecendo a popularidade e a chamada tradição que ainda existe nestes tipos de disputa.
AS PROVAS – Na prova “calf roping” (laço do bezerro), o peão laça o pescoço do bezerro e o faz estancar de forma abrupta. Na “team roping” (laço em dupla), os animais são laçados pela cabeça e na parte traseira. Ambas as provas podem causar lesões na coluna vertebral dos animais e lesões orgânicas. Nas vaquejadas, o gesto de tracionar o animal pelo rabo pode causar luxação nas vértebras, rupturas de ligamentos e vasos sanguíneos. Na prova conhecida como “bulldogging”, o peão desmonta do cavalo, atirando-se sobre a cabeça do animal em movimento, com intenção de derrubá-lo no chão agarrando pelos chifres.
http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=11034
Blog que mostra a verdadeira essência da vida animal e como podemos viver em harmonia com estas criaturas tão incompreendidas e massacradas pela humanidade. Seja bem vindo! Por amor aos animais!
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
A terapia com os botos
"Bototerapia" utiliza poder curativo do ultra-som do boto-cor-de-rosa
Da EFE
Mateo Sancho Cardiel.
Manaus, 13 nov (EFE).- O Centro Terapêutico do Boto-Cor-de-Rosa, situado no rio Ariau, a poucos quilômetros de Manaus, é o único do mundo que aproveita em seu espaço natural os poderes curativos deste animal que vive no Amazonas e que têm aplicações oncológicas, neurológicas e fisioterapêuticas.
Além de sua simpatia e sua atração turística, o boto-rosa possui no cérebro um potente sistema de ultra-sons que o transforma em um complemento natural para atenuar da leucemia à depressão, ou problemas de psicomotricidade.
O centro, dirigido pelo veterinário brasileiro Igor Simões, possui desde 2005 tratamentos baseados na interação com este animal, cujo sistema de ultra-sons cerebrais é maior do que o do golfinho.
Situado no rio Ariau, que liga os rios Negro e Solimões - que depois se torna o rio Amazonas -, o centro de "bototerapia", como também se conhece este tratamento, tem a peculiaridade de trabalhar com os animais sem mantê-los em cativeiro, o que multiplica a eficácia, e é especializado no tratamento infantil, ainda em pequena escala.
O boto-cor-de-rosa, com seus pequenos e quase inúteis olhos, compensa a deficiência visual com um gerador de ultra-sons capazes de, "ao entrar em contato com as pessoas, ter uma visão delas equivalente à de uma ultra-sonografia na qual, em seguida, localizam onde está seu problema", disse Simões à Agência Efe.
Após estudar veterinária e dedicar anos de pesquisa, Simões firmou sua tese sobre o efeito fisioterapêutico nos humanos de nadar com os botos, mas, depois, foi comprovando que sua aplicação se estendia também ao campo neurológico, ao oncológico e ao psicológico.
Os ultra-sons situam o problema e conseguem "um efeito de equilíbrio no corpo, geram endorfinas e estimulam o organismo, de modo que podem fazer melhorar o funcionamento de glândulas, a secreção de hormônios e o fluxo sanguíneo", explicou.
Segundo dados da Fundação Água Thought, um dos efeitos mais notórios dos botos é a capacidade para melhorar a sincronia inter-hemisférica - com sucesso em 75% dos casos - e ativar zonas latentes do cérebro, desbloqueando também traumas, e reverter a auto-estima, que também ativa o sistema imunológico do paciente.
Antes da ciência, já existia um mito indígena que ligava o boto-cor-de-rosa ao organismo do homem e, segundo o qual, o animal se transformava em homem à noite e fecundava as mulheres.
O boto, além disso, completa com seus ultra-sons de uma maneira natural a quimioterapia e a radioterapia para pacientes com câncer, segundo Simões.
Além disso, estimulam a necessidade de comunicação nas crianças com problemas de socialização e dinamizam a aprendizagem nos casos de Síndrome de Down, conseguindo resultados entre duas e dez vezes mais rápidos.
"Quanto maior é o problema, mais os botos formam empatia com o paciente", assegurou Simões, acrescentando que estes tratamentos conseguem o bem-estar nos próprios botos, que, inclusive, "aprendem" a ser mais eficazes.
O efeito terapêutico destes animais, que adultos podem chegar a pesar 180 quilos e a medir 2,5 metros, "é notado desde o primeiro dia", embora o tratamento possa durar até três anos, em sessões de duas horas.
Este tipo de tratamento é solicitado, na maioria, por pacientes brasileiros, mas também estão começando a chegar pedidos da Europa.
O boto-cor-de-rosa do Amazonas compartilha seu uso terapêutico com o turístico, devido a seu caráter afável e sua facilidade de trato com os humanos, objeto de visitas organizadas quase diárias, que conseguiram a redução da caça desse animal, já que sua carne servia antes de isca para a pesca em grande escala. EFE
Da EFE
Mateo Sancho Cardiel.
Manaus, 13 nov (EFE).- O Centro Terapêutico do Boto-Cor-de-Rosa, situado no rio Ariau, a poucos quilômetros de Manaus, é o único do mundo que aproveita em seu espaço natural os poderes curativos deste animal que vive no Amazonas e que têm aplicações oncológicas, neurológicas e fisioterapêuticas.
Além de sua simpatia e sua atração turística, o boto-rosa possui no cérebro um potente sistema de ultra-sons que o transforma em um complemento natural para atenuar da leucemia à depressão, ou problemas de psicomotricidade.
O centro, dirigido pelo veterinário brasileiro Igor Simões, possui desde 2005 tratamentos baseados na interação com este animal, cujo sistema de ultra-sons cerebrais é maior do que o do golfinho.
Situado no rio Ariau, que liga os rios Negro e Solimões - que depois se torna o rio Amazonas -, o centro de "bototerapia", como também se conhece este tratamento, tem a peculiaridade de trabalhar com os animais sem mantê-los em cativeiro, o que multiplica a eficácia, e é especializado no tratamento infantil, ainda em pequena escala.
O boto-cor-de-rosa, com seus pequenos e quase inúteis olhos, compensa a deficiência visual com um gerador de ultra-sons capazes de, "ao entrar em contato com as pessoas, ter uma visão delas equivalente à de uma ultra-sonografia na qual, em seguida, localizam onde está seu problema", disse Simões à Agência Efe.
Após estudar veterinária e dedicar anos de pesquisa, Simões firmou sua tese sobre o efeito fisioterapêutico nos humanos de nadar com os botos, mas, depois, foi comprovando que sua aplicação se estendia também ao campo neurológico, ao oncológico e ao psicológico.
Os ultra-sons situam o problema e conseguem "um efeito de equilíbrio no corpo, geram endorfinas e estimulam o organismo, de modo que podem fazer melhorar o funcionamento de glândulas, a secreção de hormônios e o fluxo sanguíneo", explicou.
Segundo dados da Fundação Água Thought, um dos efeitos mais notórios dos botos é a capacidade para melhorar a sincronia inter-hemisférica - com sucesso em 75% dos casos - e ativar zonas latentes do cérebro, desbloqueando também traumas, e reverter a auto-estima, que também ativa o sistema imunológico do paciente.
Antes da ciência, já existia um mito indígena que ligava o boto-cor-de-rosa ao organismo do homem e, segundo o qual, o animal se transformava em homem à noite e fecundava as mulheres.
O boto, além disso, completa com seus ultra-sons de uma maneira natural a quimioterapia e a radioterapia para pacientes com câncer, segundo Simões.
Além disso, estimulam a necessidade de comunicação nas crianças com problemas de socialização e dinamizam a aprendizagem nos casos de Síndrome de Down, conseguindo resultados entre duas e dez vezes mais rápidos.
"Quanto maior é o problema, mais os botos formam empatia com o paciente", assegurou Simões, acrescentando que estes tratamentos conseguem o bem-estar nos próprios botos, que, inclusive, "aprendem" a ser mais eficazes.
O efeito terapêutico destes animais, que adultos podem chegar a pesar 180 quilos e a medir 2,5 metros, "é notado desde o primeiro dia", embora o tratamento possa durar até três anos, em sessões de duas horas.
Este tipo de tratamento é solicitado, na maioria, por pacientes brasileiros, mas também estão começando a chegar pedidos da Europa.
O boto-cor-de-rosa do Amazonas compartilha seu uso terapêutico com o turístico, devido a seu caráter afável e sua facilidade de trato com os humanos, objeto de visitas organizadas quase diárias, que conseguiram a redução da caça desse animal, já que sua carne servia antes de isca para a pesca em grande escala. EFE
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